A instabilidade do ombro é um problema comum que pode gerar grandes transtornos ao paciente. Pela sua própria anatomia e arquitetura óssea, o ombro é uma articulação propensa a sair do lugar. Do ponto de vista ósseo, há uma base muito pequena (glenóide) que sustenta uma estrutura bem maior (cabeça do úmero). 

Para entender melhor sobre este assunto, continue lendo este artigo.

 

Causas da instabilidade no ombro

Existem duas principais causas do deslocamento do ombro: as traumáticas (exemplos: acidentes automobilísticos, esportes de contato – futebol, basquete, boxe, etc.)  e as atraumáticas (exemplos: frouxidão ligamentar, lesões prévias ou esportes sem contato com grande mobilização da articulação – natação, tênis, etc.). A probabilidade de o ombro voltar a “sair do lugar” vai depender da: idade, tipo de esporte, presença de frouxidão articular, natureza do evento inicial.

Em casos de luxações traumáticas, o deslocamento do ombro é provocado por uma causa externa, como sofrer um trauma direto no ombro ou depois de uma queda. Nestes casos, a lesão ocorre na estrutura cartilaginosa que circunda a glenóide labrum glenoidal) e  ajuda a manter  a cabeça do úmero dentro da articulação. 

Já em quadros atraumáticos, não necessariamente ocorre um trauma. O paciente pode ter características anatômicas que não permitem manter a estabilidade do ombro. Um exemplo é a condição de frouxidão ligamentar, que é quando os ligamentos possuem uma hiperelasticidade, deixando a articulação mais solta, causando luxações de repetição.

 

Tipos de instabilidade no ombro

O ombro pode “sair do lugar” em sentidos diferentes: 

  • para trás (casos raros); 
  • para baixo (mais raro ainda); 
  • e para frente, chamado de anterior (é o mais comum).

 

Diagnóstico

O diagnóstico de instabilidade no ombro é clínico, baseado na história clínica do paciente e no seu exame físico. Exames complementares de imagem podem ser  importantes. 

 

Tratamento

O tratamento dependerá de vários fatores: idade, número de episódios, lesão óssea, tipo de esporte praticado. 

Pacientes com frouxidão articular ou multidirecionais – tendem a responder bem ao tratamento fisioterápico, assim como pacientes acima dos 30 anos de idade com apenas 1 ou 2 episódios de luxação traumática. 

Praticantes de esportes de contato ou de alto rendimento com instabilidade recorrente, de 20 anos ou menos – o tratamento cirúrgico oferece melhores resultados. Naqueles em que haja uma perda óssea pequena, o tratamento artroscópico da lesão ligamentar oferece bons resultados. 

Pacientes com perda óssea importante ou praticantes de esportes de contato de alto rendimento – a cirurgia aberta tem maiores chances de sucesso. 

 

Um especialista em cirurgia do ombro e cotovelo poderá definir qual a melhor opção para cada perfil de paciente e lesão. O Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo do Hospital Madre Teresa fornece atendimento personalizado aos seus clientes, discutindo todas as possibilidades de tratamentos disponíveis.