Diarreia persistente, dores abdominais, náuseas, vômito, sangue e muco nas fezes são sinais de alerta para Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). De acordo com pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), realizada com cerca de 130 portadores de doença de Crohn ou retocolite – duas das principais DIIs – essas doenças podem comprometer a saúde óssea dos pacientes.

O estudo constatou que os participantes que usavam corticoides constantemente ou que não conseguiam controlar seu quadro apresentavam maiores danos no esqueleto. Isso porque, tanto a droga quanto a inflamação das DIIs, prejudicam a calcificação dos ossos.

Outro estudo feito pela equipe de cientistas dos hospitais universitários de Genebra e Laussane, na Suíça. A pesquisa demonstrou que jovens com doenças inflamatórias intestinais têm menor massa óssea e pior constituição do esqueleto, em comparação a jovens que não tem esse tipo de problema.

O que são doenças inflamatórias Intestinais?

As doenças inflamatórias do intestino incluem duas enfermidades crônicas – a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa –  elas causam inflamação crônica e recorrente nos intestinos delgado e/ou grosso. Ainda não existe cura, mas, assim como outras patologias, quando detectadas na fase inicial, podem ser controladas.

A descoberta precoce, aliada ao acompanhamento médico e um tratamento eficaz, oferece ao paciente maior qualidade de vida, elimina internações, cirurgias e até mesmo sequelas graves.

Sintomas da DIIs

São diversos os sintomas das doenças inflamatórias intestinais, pois eles variam de acordo com a parte afetada do intestino. Na doença de Crohn, por exemplo, as pessoas, normalmente, têm diarreia crônica e dor abdominal. Já o paciente com colite ulcerativa, normalmente, apresenta episódios intermitentes de dores abdominais e diarreia sanguinolenta. 

Em ambas as doenças, a diarréia persistente pode motivar a perda de peso e levar o paciente a tornar-se desnutrido. Há casos de DIIs em que elas podem afetar áreas do corpo como articulações, olhos, boca, fígado, pele e vesícula biliar, além de elevar o risco de câncer em áreas afetadas do intestino.

Alimentação é principal causadora de doenças ósseas

O que mais favorece o aparecimento de doenças ósseas entre os pacientes de DIIs é a baixa ingestão de cálcio e vitamina D. A má absorção desses nutrientes dificulta a prevenção de osteopenia e osteoporose.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de das DIIs é feito por meio de exames de fezes, endoscopia com biópsia de tecido. Já o tratamento pode ser realizado por meio de medicação, cirurgia – em casos específicos e com dieta e controle do estresse, nada melhor do que discutir um novo cardápio com especialistas e se tratar.

Para evitar o aparecimento de doenças ósseas no tratamento de doenças inflamatórias Intestinais, é importante a ingestão de pelos menos 1.500mg de cálcio por dia, seja por meio de dieta regular ou por suplementos ingeridos. Assim, também, é recomendado a suplementação de vitamina D.

O médico também pode aplicar terapias para o tratamento da doença óssea, tais como as que são aplicadas em pessoas com osteoporose pós-menopausa ou outros tratamentos adequados ao caso. Neste sentido, o gastro e o ortopedista trabalham conjuntamente para proporcionar melhores resultados ao paciente.

 

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