A Escoliose Degenerativa do Adulto é uma doença caracterizada por uma deformidade angular na coluna em indivíduos esqueléticamente maduros. A principal característica do desvio é a presença de uma curvatura tridimensional  com a maior deformidade no plano lateral do movimento. , o que lhe confere a aparência de um C, no caso de uma só curvatura, ou de um S, quando existe mais de uma curvatura.

 

Geralmente, a patologia acomete a coluna lombar e tem sua origem na degeneração dos discos da coluna, fato ocasionado pelo envelhecimento ou doenças osteomusculares. A perda da altura discal e, com isso,  do seu papel estabilizador, ocasiona uma sobrecarga na coluna posterior, contribuindo para a deformidade progressiva da coluna.

 

O desenvolvimento da escoliose degenerativa no adulto também pode ser relacionado ao encurtamento da musculatura paravertebral, tabagismo, obesidade, herança genética, desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e alterações do equilíbrio e mobilidade na velhice.

Sintomas

Diferentemente da escoliose em crianças e adolescentes, a escoliose degenerativa no adulto é acompanhada de dor. A dorsalgia e lombalgia são provocadas pelo desgaste e alterações nos discos e vértebras da coluna.

A ciatalgia (dor irradiada ao longo do curso do nervo isquiático para os membros inferiores) e também a braquialgia ( dor irradiada para os membros superiores) podem ser sintomas da escoliose degenerativa no adulto também por causas relacionadas à compressão dos nervos pelos discos vertebrais e lombares. A perda de funções neurológicas e, com isso, de sensibilidade e movimentos nos membros também estão relacionadas a essa situação.  

O sintoma mais evidente é a deformidade da coluna, que pode ser progressiva ou estável e provocar alterações na marcha e desequilíbrio no tronco. 

Diagnóstico

O diagnóstico da escoliose degenerativa no adulto baseia-se no exame clínico minucioso, com o paciente de frente, de costas e de perfil. A radiografia panorâmica da coluna é um exame fundamental para o diagnóstico e classificação da doença.

Casos específicos podem exigir exames como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética para avaliar a integridade dos discos da coluna, compressão ou pinçamento dos nervos, calcificação ou fraturas nos ossos. 

Tratamento

A idade do paciente, o grau e padrão da curvatura, as características da deformidade e a intensidade da dor são determinantes para o tratamento adequado.

Pode ser necessário fazer cirurgia quando ocorre limitação em atividades de vida diária, dor, sintomas neurológicos, confirmação da progressão da curva e falha do tratamento conservador, que consiste em fisioterapia, alongamentos, reeducação postural e medicamentos analgésicos ou antiinflamatórios.

Estudos apontam que o tratamento cirúrgico em pacientes com escoliose degenerativa tem melhores resultados do que o tratamento clínico. Tendo em vista que a qualidade de vida, dor e menor possibilidade de agravamento do quadro tornam-se mais evidentes estatisticamente.

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