O futebol é o esporte mais praticado pelos brasileiros. De acordo com o Atlas do Esporte no Brasil, são mais de 30 milhões de adeptos da modalidade, seja de forma profissional ou amadora. 

 

Considerando ainda os milhões de torcedores apaixonados, podemos dizer que, realmente, o Brasil é o país do futebol. Mas, nem só de amores vive quem pratica esse esporte, sobretudo se considerarmos os famosos atletas de final de semana.

 

A falta de condicionamento físico dos esportistas esporádicos combinada à grande exigência cardiorrespiratória e musculoesquelética do futebol torna comum a ocorrência de lesões. Se não forem tratadas da forma adequada, elas podem gerar complicações graves.

Luxação de ombro

 

Uma queda ao chão ou mesmo a trombada com outro jogador pode fazer com que a articulação do ombro se desloque de forma parcial ou completa. Trata-se de um quadro muito frequente nas partidas de futebol aos finais de semana.

 

Os sintomas da luxação de ombro são inchaço, dor muito forte e a dificuldade para mover o membro superior afetado. Olhando para o ombro, é possível perceber que a estrutura está fora do lugar, devido ao desalinhamento da articulação.

Distensão muscular

 

O futebol exige movimentos bruscos e vigorosos, sobretudo dos membros inferiores. Assim, os músculos das coxas e das panturrilhas são os mais propensos a sofrer uma distensão. Essa lesão é caracterizada pelo alongamento excessivo das fibras musculares, que podem chegar ao rompimento.

 

Tanto a musculatura anterior quanto a posterior e interna da coxa pode ser afetada, assim como toda a extensão da panturrilha. O sinal do problema é a dor aguda e incapacitante, além do surgimento de hematomas.

Lesão do ligamento cruzado anterior 

 

A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho é muito comum, seja no futebol amador ou profissional. Ela ocorre devido a mecanismos como:

 

  • mudança repentina de direção do movimento;
  • freada brusca ou redução da velocidade na corrida;
  • apoio dos pés em falso no chão depois de um salto para cabecear a bola;
  • ou colisão direta, como acontece quando um jogador dá uma entrada ou “carrinho” no outro.

 

É comum o jogador relatar que sentiu ou ouviu um estalo no momento da lesão. Na sequência, a dor é intensa e o joelho pode falsear, já que a articulação perde sua estabilidade. O inchaço aumenta gradativamente, até impedir a movimentação.

 

Seja qual for tipo de lesão sofrida em uma partida de futebol no final de semana, é fundamental procurar atendimento imediato em um centro especializado em ortopedia. 

 

Apenas com a avaliação médica é possível identificar o problema e dar início ao tratamento adequado, que pode ser conservador ou cirúrgico (dependendo do tipo de lesão e de outros fatores).

 

Somente quando o problema estiver resolvido e o organismo totalmente recuperado, é que o jogador poderá voltar a se dedicar à sua paixão. Jogar futebol requer cuidados, ainda que seja só nos finais de semana!