Dor, vermelhidão e desconforto são algumas das queixas mais comuns de quem convive com os joanetes. Pessoas afetadas por este problema ortopédico enfrentam verdadeiros desafios para realizar atividades simples, como andar pequenas distâncias e usar sapatos fechados.

De acordo com a pesquisa “O trabalho e a relação com os pés, tornozelos e joelhos“, que ouviu cerca de 2.900 brasileiros, em 2017, os joanetes são predominantes em mulheres (mais da metade relata algum grau da doença), enquanto menos de 30% dos homens apresentam este problema. 

Confira o artigo abaixo para saber os principais pontos sobre esta doença.

 

Entendendo o joanete

Conforme explicado em post anterior aqui no blog, o joanete é uma saliência óssea que cresce na articulação na base do dedão do pé. Hálux Valgo é o nome científico da patologia. 

O joanete se forma quando o dedão do pé desvia-se lateralmente (em direção ao dedo mínimo), gerando uma deformidade na região interna (ou medial) da  articulação do dedo maior, causada pelo seu desvio lateral. A consequência é o surgimento de uma saliência óssea semelhante a um calo ou caroço. Fato interessante é que, não há formação de osso mas, na verdade, é apenas o primeiro metatarso que se torna mais proeminente no lado de dentro do pé. 

O desalinhamento causado pelo joanete compromete a estrutura óssea do pé. Assim, hálux valgo pode gerar problemas secundários nos dedos menores como, por exemplo, elevação do segundo dedo ou calosidades em outras regiões do pé, devido à mudança da área de carga. E pode vir a surgir uma deformidade comum em que os dedos ficam sobrepostos ou cruzados. Com o passar do tempo, o comprometimento da estrutura pode acarretar desequilíbrio na distribuição do peso corporal e, por consequência, prejuízos para outras articulações do corpo.

 

O que causa o joanete

O joanete é a deformidade óssea que mais atinge os pés. Sua causa ainda é bastante discutida. A hereditariedade, por exemplo, é um fator importante da deformidade. O uso de sapatos de salto alto, bico fino ou muito apertados também podem ser fator de risco ou agravar a doença. Ressaltamos que o uso dos calçados citados acima não é a causa do joanete, mas apenas potencializadores do seu aparecimento em quem já carrega uma herança genética. Outros motivos do problema incluem  doenças degenerativas e alterações neurológicas. 

Prevenção e tratamento

O tratamento para o joanete vai depender do estágio em que ele é diagnosticado. Se detectado em fase inicial, alguns cuidados podem reduzir os riscos de desenvolvimento da doença:

  • evitar o uso de sapatos de salto alto, bico fino e apertados por muitas horas;
  • evitar usar o mesmo sapato por dias seguidos para não gerar atrito nos mesmos pontos do pé;
  • dar preferência a calçados ortopédicos;

Já em estágios mais avançados, com a presença de muita dor e restrições de  mobilidade, a recomendação é a cirurgia. As técnicas cirúrgicas para tratar este problema são diversas, sendo aplicadas de acordo com o grau de deformidade, características anatômicas e perfil do paciente, entre outros fatores. 

O diagnóstico assertivo e o tratamento adequado são os principais passos para melhorar a vida de quem convive com o joanete. Portanto, se você tem alguma dúvida sobre a doença, procure um ortopedista para uma avaliação. A equipe de profissionais do Hospital Madre Teresa está pronta para te receber.