O primeiro esforço conjunto para armazenar ossos para uso coletivo, bem como uma descrição da eficácia do procedimento, aconteceu em 1942. Porém, o processo de retirada, tratamento e estocagem de tecidos ósseos foi sistematizado pelo professor Imamanaiev, na Rússia, durante a década de 60.

O avanço tecnológico contribuiu para o aperfeiçoamento das técnicas existentes. Mas, infelizmente, o transplante de ossos ainda é pouco conhecido. A desinformação gera o preconceito por parte da população e este, por sua vez, impede que as doações sejam suficientes para suprir a demanda, que é grande e cada vez mais constante.


Banco de Tecidos Musculoesqueléticos no Brasil

No Brasil, o órgão responsável pela captação, processamento e distribuição de ossos, tendões e meniscos para utilização em cirurgias de transplantes na área da ortopedia e odontologia é o Banco de Tecidos Musculoesqueléticos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), localizado no Rio de Janeiro.

A instituição tem equipes preparadas para realizar captações 24 horas por dia, 365 dias do ano. O desenvolvimento tecnológico e a pesquisa na área de bancos de tecidos fazem parte de suas atividades, além de sua atuação para o fomento de campanhas de conscientização sobre a necessidade de doação para salvar vidas.

Processo de doação


Um indivíduo que tenha um familiar que já demonstrou interesse em doar seus ossos, caso este venha a falecer, deve solicitar a equipe médica que acompanha o paciente para que comunique à Central de Transplante do Rio de Janeiro. 

Após o primeiro contato, algum funcionário do programa vai até o hospital e faz uma avaliação sobre a possibilidade da doação. Entre as ações de praxe está a realização de um questionário de triagem sobre o possível doador. Após aprovação, o Banco de Tecidos é informado e desloca sua equipe para a unidade de saúde.

 

Quem pode doar?

Para ser um doador de ossos é preciso ter entre 18 e 70 anos. É extremamente necessário que não tenha sido vítimas de câncer ósseo, osteoporose ou doenças infecciosas transmitidas pelo sangue, como hepatite, AIDS, malária e outras.

A doação também não é permitida para quem fez tatuagem em seu corpo no último ano, que fez uso prolongado de corticóides ou que tenha recebido transfusão sanguínea.

Doar órgãos salva vidas!

A doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar muitas vidas. Para quem está na fila de doação, pode ser única esperança de vida ou mesmo a oportunidade tão esperada para um recomeço. É preciso ler mais sobre o assunto, se conscientizar sobre a importância dessa ação. Doar órgãos é doar vida!

Converse com seu médico. Tire suas dúvidas e decida-se pela vida.

Leia também: Saiba mais sobre reconstrução e alongamento ósseo