Equipe
Dr. Ronaldo Percopi de Andrade
Histórico
Cirurgias
Patologias
Lesão do manguito
O manguito rotador é uma estrutura formada por 4 tendões: subescapular, supraespinhoso, infraespinhoso e redondo menor. Ele auxilia o ombro a elevar-se, rodar externa e internamente. A ruptura de 1 ou mais destes tendões pode provocar dor no ombro, notadamente a noite e em determinados movimentos. A origem dessa ruptura é multifatorial: idade, genética, cigarro, sobrecarga, impacto em saliências ósseas, ou de natureza traumática.
DIAGNÓSTICO
As lesões traumáticas têm evolução rápida e são, em sua maioria, mais incapacitantes, necessitando um tratamento mais precoce. As lesões degenerativas têm evolução variável, acomentendo pacientes em torno dos 60 anos de idade, não sendo incomum pacientes que se apresentam com dor leve há longos anos e diagnóstico prévio de bursite.
Um exame clínico especializado aliado a métodos complementares de imagem são suficientes para se estabelecer o diagnóstico preciso.
TRATAMENTO
O tratamento dependerá da: idade, tamanho da lesão, tabagismo, qualidade do músculo, intervenções prévias. Pacientes mais idosos, com lesões grandes, com dor, mas boa função, respondem bem ao tratamento conservador com fisioterapia ou infiltração, com o objetivo de se obter alívio da dor. Outros com dor e grande limitação funcional e artrose, poderão necessitar de uma prótese. Pacientes abaixo dos 65 anos com lesões pequenas a médias poderão necessitar da cirurgia de reparo artroscópica. Pacientes jovens com lesões parciais ou tendinopatias podem responder bem ao tratamento fisioterápico. Um especialista em cirurgia do ombro e cotovelo poderá definir qual a melhor opção para cada perfil de paciente e lesão.
Instabilidade do ombro
A luxação do ombro pode ocorrer após um trauma ou após um movimento banal em pacientes com grande frouxidão articular. A probabilidade do ombro voltar a “sair do lugar”depende da: idade, tipo de esporte, presença de frouxidão articular, natureza do evento inicial. Nos casos de natureza traumática, há uma lesão ligamentar labral no ombro, podendo haver uma cicatrização adequada ou não deste ligamento. Nos pacientes com grande frouxidão ligamentar, o ombro pode luxar-se sem a presença de uma lesão ligamentar.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é eminentemente clínico, baseado na história clínica do paciente e no seu exame físico. Exames complementares de imagem são importantes, sobretudo, quando se parte para um tratamento cirúrgico. Através destes se pode determinar o grau de perda óssea no úmero e na glenóide, a extensão da lesão ligamentar e capsular.
TRATAMENTO
O tratamento dependerá também de vários fatores: idade, número de episódios, lesão óssea, tipo de esporte. Pacientes com instabilidade decorrentes de grande frouxidão articular ou multidirecionais, tendem a responder bem ao tratamento fisioterápico, assim como pacientes acima dos 30 anos de idade com apenas 1 ou 2 episódios de luxação traumática. Em pacientes, cujo episódio traumático ocorreu antes ou na casa dos 20 anos de idade, que praticam esportes de contato ou de alto rendimento e que apresentam instabilidade recorrente, o tratamento cirúrgico oferece melhores resultados. Naqueles em que haja uma perda óssea pequena, o tratamento artroscópico da lesão ligamentar oferece bons resultados. Nos outros, com perda óssea importante ou praticantes de esportes de contato de alto rendimento, a cirurgia aberta tem maiores chances de sucesso. Um especialista em cirurgia do ombro e cotovelo poderá definir qual a melhor opção para cada perfil de paciente e lesão.
Artrose de Ombro – Desgaste
A articulação do ombro (glenoumeral), assim como as demais articulações, apresenta superfícies lisas, cobertas de cartilagem e congruentes entre si, tornando o movimento mais fácil e eficaz.
Com o passar do tempo, seja por um processo natural ou secundário a uma outra patologia ( artrite reumatoide, lesão significativa da musculatura do manguito rotador, sequelas de fraturas, etc) esse equilíbrio vai sendo prejudicado e começa a apresentar sinais de degeneração que se torna maior com o tempo.
Isso gera dor e dificuldades de movimentação, podendo prejudicar muito a qualidade de vida.
DIAGNÓSTICO
Para um correto diagnóstico, é necessário a avaliação de um ortopedista treinado. Através de um bom exame físico e o auxílio de uma série de radiografias, geralmente já é possível fazer o diagnóstico. Em algumas ocasiões, outros exames como a Ressonância Magnética e a Tomografia Computadorizada podem ser importantes na avaliação de características e lesões associadas. Ë essencial levar em conta o tempo de aparecimento dos sintomas e o impacto na qualidade de vida do paciente.
TRATAMENTO
A artrose é um processo degenerativo progressivo. Portanto, o tratamento é focado no alívio dos sintomas e no combate a progressão. Para isso, deve ser individualizado. Mudança nas atividades de vida diárias, fisioterapia e tratamento da dor com medicações orais ou mesmo através de uma infiltração intraarticular são as opções nos estágios mais iniciais.
Na presença de quadros mais avançados que impactem a qualidade de vida associados a falha no tratamento conservador, o tratamento cirúrgico pode ser recomendado.
Essa decisão deve ocorrer em conjunto entre o médico e o paciente.
As opções dependem das características da lesão e vão desde a substituição total da articulação (Prótese Total), até a substituição parcial (Prótese parcial ou Prótese de Ressurfacing) ou a alteração no biomecânica (Prótese Reversa).
A artroplastia para os casos de artrose são procedimentos seguros e que costumam alcançar ótimos resultados tanto em relação ao controle da dor como a melhora da função.
Artrose do ombro e do cotovelo
A artrose é a perda de cartilagem entre 2 ossos que se articulam com consequente atrito entre as superfícies ósseas, resultando em formação de osteófitos, crepitações, perda de movimento e um processo inflamatório permanente com consequente dor. No ombro, as causas podem ser de natureza genética associada ao envelhecimento, ou de natureza pós-traumáticas, ou inflamatórias (artrite reumatoide) ou nos casos de lesões crônicas e extensas do manguito rotador. No cotovelo, as causas são em sua maioria inflamatórias (artrite reumatoide) ou pós-traumáticas.
DIAGNÓSTICO
A evolução é variável, podendo ser mais rápida, ou mesmo indolente, levando de meses a anos. Geralmente resulta em impacto na qualidade de vida, marcada por dor e limitacão funcional. Através de um bom exame clinico, feito por profissional médico especializado, combinado com exames de imagem adequados, o diagnóstico é prontamente estabelecido.
TRATAMENTO
Apesar de não ter cura, existem tratamentos indicados na artrose que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente e tentar evitar a progressão da doença. Entre as principais medidas conservadoras, estão os medicamentos anti-inflamatórios, infiltrações e em casos muito selecionados, a fisioterapia. A base do tratamento conservador é diminuir a sobrecarga funcional sobre o membro acometido. O uso das medicações chamadas condroprotetores (protetores de cartilagem) vem aumentando nos últimos anos, embora não exista comprovação científica do seu benefício. Outra opção de tratamento, que vem sendo utilizada nos últimos anos ainda que de forma bem mais modesta no ombro e no cotovelo, é a viscossuplementação (infiltração com análogos do àcido hialurônico). Ela melhora a qualidade (viscosidade) do líquido sinovial, que está alterado nos pacientes com artrose, e podem trazer com isto um alívio temporário da dor. Grande controvérsia ainda existe quanto ao real benefício desta medicação. Em casos muito selecionados pode ser opção como auxiliar no tratamento. Tratamentos envolvendo o plasma rico em plaquetas e células tronco ainda não são autorizadas e ainda são de caráter experimental.
O tratamento cirúrgico visa principalmente o controle da dor e a recuperação da função do ombro e do cotovelo acometido. O tratamento cirúrgico é indicado para os casos em que o tratamento conservador não trouxe o alívio desejado e que o prejuizo funcional é significativo. As cirurgias mais realizadas para o tratamento da artrose são as artroscopias, para toalete articular (em casos muito selecionados onde exista quadros mecanicos – travamento e ou instabilidade), principalmente no cotovelo, e as artroplastias (colocação de prótese), principalmente no ombro. Estas são procedimentos definitivos e objetivam a troca da superficie articular degenerada por substituto metalico. Através de tal procedimento, a melhoria clinica acontece em mais de 90% dos paicentes e a sobrevida de tal cirurgia chega em média a 90% em 10 anos.
Um especialista em cirurgia do ombro e cotovelo poderá definir qual a melhor opção para cada perfil de paciente e lesão.