Histórico
CIRURGIA DO QUADRIL
Tratamentos
Principais doenças que acometem o quadril:
Artrose no quadril.
Impacto femoroacetabular.
Lesões da cartilagem e do labrum acetabular.
Osteonecrose da cabeça femoral.
Pubalgia.
Osteíte púbica.
Deformidades ósseas.
Dor glútea profunda.
Lesão dos isquiotibiais.
Fraturas.
Bursite no quadril.
Tendinite no quadril.
Lesões musculares.
Cirurgias
Principais cirurgias realizadas pela equipe do quadril:
Artroplastia total de quadril(Prótese de quadril) robótica
Artroplastia total de quadril(Prótese de quadril) convencional
Artroplastia total de quadril(Prótese de quadril)
Revisão de artroplastia total de quadril
Artroscopia de quadril
Correção de fraturas do quadril
Osteotomias
Correção de deformidades ósseas
Tratamento cirúrgico da osteonecrose da cabeça femoral
Tratamento cirúrgico da pubalgia
Tratamento cirúrgico das lesões tendinosas e musculares do quadril
Tratamento cirúrgico da bursite do quadril
Patologias
ARTROSE DO QUADRIL
O que é? Quadro
“Artrose” é um termo genérico usado para denominar o processo de desgaste das cartilagens. Quando ocorre no quadril chama-se coxartrose. Embora seja mais frequente nos idosos, não é exclusiva deles. Pode acometer também os jovens por diversos motivos.
Os primeiros sintomas da coxartrose geralmente são dores ao redor do quadril, principalmente na virilha, localizada profundamente. Pode haver irradiação até o joelho pela parte interna e pela frente da coxa. Com o tempo ocorre redução na capacidade de movimentar o quadril. Atividades rotineiras como calçar sapatos, cortar as unhas dos pés, entrar e sair do carro, começam a se tornar um pouco mais difíceis, devido a perda do movimento articular.
Com a piora do quadro as dores noturnas e a rigidez matinal surgem. Podem haver crises de agudização com a piora da dor. O paciente começa a relatar perda real da qualidade de vida deixando de fazer o que lhe dava prazer. A dor limita a atividade física, os compromissos sociais e profissionais, os passeios, as caminhadas, a vida sexual, as viagens e outras atividades essenciais para o seu bem estar.
Diagnóstico
Para o diagnóstico, antes de tudo, é fundamental uma avaliação pelo ortopedista. O médico fará manobras do exame clínico com objetivo de localizar melhor a dor, avaliar contraturas e rigidez articular. É importante o paciente informar os seus sintomas e o tempo de aparecimento.
Nos casos de artrose do quadril, na maioria das vezes apenas a radiografia é necessária. No raio X dos quadris o ortopedista avalia o espaço articular, a formação de osteófitos(“bicos de papagaio”) e a presença de deformidades ósseas ou doenças prévias. Algumas vezes pode ser necessário realizar tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética.
Tratamento
O tratamento deve ser individualizado, de acordo com o grau da doença e com as expectativas e necessidades de cada paciente. Nos casos iniciais com pouca dor pode ser tentado o tratamento não cirúrgico com repouso, fisioterapia, exercícios recomendados pelo ortopedista, perda de peso, analgésico, uso consciente de anti-inflamatórios e até mesmo o uso de bengalas ou muletas.
Se o paciente estiver em fase avançada da osteoartrose o médico poderá recomendar uma cirurgia de substituição total do quadril (artroplastia ou prótese de quadril). A decisão de quando submeter-se a um tratamento cirúrgico deve ser tomada pelo paciente em conjunto com seu cirurgião, ao analisar os prós e contras de cada opção. Com o avanço dos matériais e técnicas cirúrgicas a artroplastia do quadril se tornou um dos procedimentos cirúrgicos mais seguros e com melhores resultados em toda a medicina.
IMPACTO FEMOROACETABULAR
O que é? Quadro
O impacto entre o fêmur e o acetábulo (Impacto femoroacetabular) é uma causa frequente de dor no quadril. É uma condição dinâmica que provoca contato precoce entre o fêmur proximal e o acetábulo sendo a consequência de uma deformidade óssea. Com isso há uma alteração no formato e no funcionamento biomecânico do quadril. Isso leva a um encaixe imperfeito dos ossos podendo causar danos irreverssíveis à cartilagem articular e labrum acetabular. Com o passar do tempo essas lesões evoluem para uma doença bem mais grave, a artrose do quadril.
O impacto é a principal causa de lesões do lábrum e da cartilagem do quadril em adultos jovens. Também é a principal indicação para a cirurgia de artroscopia do quadril. É mais comum principalmente em corredores, ciclistas, praticantes de tênis, futebol e artes marciais. Principalmente esportes que envolvem flexão e rotação dos quadris, mas não ocorre exclusivamente em atletas. A dor localiza-se mais freqüentemente na parte profunda na frente da virilha. Pode haver desconforto também após ficar muito tempo sentado ou andando. Alguns pacientes queixam-se de estalos ou bloqueios na articulação do quadril, sensação de que o quadril está saindo do lugar.
Diagnóstico
Através da avaliação ortopédica e do exame clínico colhemos dados que permitem chegar a uma elevada suspeita da existência destas lesões. Os exames mais comumente solicitados são a radiodrafia dos quadris em posições específicas para identificação dessa doença e a ressonância nuclear magnética. Em alguns casos selecionados podem ser solicitados a artro-ressonância ou a tomografia computadorizada com reconstrução 3D.
Tratamento
O tratamento não cirurgico pode ser tentado nos primeiros meses. Ele inclui medicações para dor, fisioterapia e mudanças nas atividades físicas. Como primeira medida o seu médico pode simplesmente recomendar uma mudança de sua rotina diária, evitando atividades que causam sintomas. Essa pode não ser uma opção viável para pacientes jovens e ativos ou quando a dor ocorre em situações muito simples e comuns do dia a dia. Na fisioterapia alguns exercícios específicos podem melhorar um pouco a amplitude de movimento no quadril e fortalecer os músculos que suportam a articulação. Mas lembre-se que na presença do impacto, forçar um alongamento de quadril irá causar mais danos a articulação, pois existe um impacto ósseo que impede o movimento completo. Os músculos e tendões doloridos e encurtados são apenas uma consequência do problema.
O tratamento cirúrgico do impacto femoroacetabular é realizado com objetivo de corrigir as deformidades ósseas acetabulares e femorais, assim como as lesões intra-articulares do labrum acetabular e da cartilagem articular. O tratamento cirúrgico pode ser convencional ou minimamente invasivo através de artroscopia. Procedimentos vídeo artroscópicos são realizados com pequenas incisões e instrumentos delicados levando menor dano as estruturas adjacentes a articulação e permitindo recuperação mais rápida.
OSTEONECROSE CABEÇA FEMORAL
O que é? Quadro
O termo osteonecrose refere-se à necrose óssea causada por uma interrupção significativa do fluxo sangüíneo, ou seja, um infarto ósseo. Como consequência, a osteonecrose pode levar à destruição da articulação do quadril e artrose. Em muitos casos, ambos os quadris são afetados pela doença. Há uma série de fatores de risco que podem tornar mais provável que alguém desenvolva a doença: lesão traumática, alcoolismo, uso de corticoides e outras condições médicas como doenças reumáticas, lúpus, doenças hematológicas e doença de Crohn.
A queixa principal do paciente é dor de início recente na região do quadril acometido. Nos casos de necrose da cabeça femoral o diagnóstico inicial é fundamental.
Diagnóstico
Os exames de imagem são importantes para o diagnóstico da necrose e para a escolha do melhor tratamento. A maioria dos casos pode ser diagnosticada com radiografias do quadril que podem mostrar desde cistos e áreas mais opacas na cabeça femoral até deformação da cabeça femoral seguida pela perda da cartilagem do quadril (artrose do quadril como consequência da necrose da cabeça femoral).
A ressonância nuclear magnética de quadril é um exame útil nos casos em que a radiografia não for capaz de dar o diagnóstico, mas existe suspeita de necrose. A ressonância também pode também ajudar a calcular a extensão da necrose na cabeça femoral e guiar o tratamento. Além disso nos casos em que há dúvida a ressonância pode ajudar a diferenciar necrose da cabeça femoral de outras doenças como osteoporose transitória do quadril e fratura por insuficiência da cabeça femoral.
Tratamento
O tratamento deve ser iniciado precocemente para tentar evitar o achatamento da cabeça femoral e artrose. O tipo de tratamento vai depender do tamanho da lesão, sua localização e da presença ou não de achatamento da cabeça femoral. O tratamento pode ser não cirúrgico ou cirúrgico com técnicas de preservação da cabeça femoral ou substituição(artroplastia de quadril). O tratamento não cirúrgico isoladamente é indicado na minoria dos casos e inclui medicações, repouso e uso de bengalas ou muletas. As cirurgias que preservam a cabeça femoral são indicadas em estágios iniciais. Nos casos avançados a melhor indicação é a artroplastia toal do quadril.
BURSITE DO QUADRIL
O que é? Quadro
A Bursite é causada por uma inflamação de uma bursa. Bursas estão localizadas por todo o corpo e atuam como protetoras das extremidades ósseas. Além disso, ajudam a reduzir a fricção de deslizamento entre os tendões dos músculos e os ossos. A extremidade óssea lateral do quadril é chamada de grande trocânter e possui uma bursa sobrejacente grande que, ocasionalmente, torna-se irritada, resultando em bursite do quadril (bursite trocantérica).
O sintoma mais comum da bursite do quadril é a dor lateral do quadril.. Nos estágios iniciais, a dor é geralmente descrita como aguda e intensa e até mesmo como queimação. Normalmente, a dor é pior à noite, quando se deita sobre o quadril afetado e ao levantar de uma cadeira após um período sentado. Em alguns casos a dor é de difícil localização e de caráter mais difuso. A bursite do quadril pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum em mulheres de meia idade e idosos. Por todas estas manifestações, a bursite trocantérica pode prejudicar o sono, evitar a realização de atividades físicas e reduzir significativamente a qualidade de vida.
Diagnóstico
O diagnóstico frequentemente é clinico, feito através de consulta com ortopedista e exame físico. Geralmente exames complementares não são necessários para o diagnóstico. Apesar disso, radiografias são solicitadas para excluir-se algumas doenças. Ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética são úteis em alguns casos para auxílio no diagnóstico, quantificação do tamanho das lesões e para descartar outras doenças e guiar o tratamento. Em alguns casos há lesões associadas dos tendões da musculatura glútea.
Tratamento
O tratamento inicial para a bursite do quadril é não cirúrgico. O ortopedista pode indicar modificação das atividades, exercícios físicos específicos, evitar atividades que pioram os sintomas, fisioterapia e o uso consciente de anti-inflamatórios. Normalmente, apesar de algumas vezes ser um tratamento longo, os pacientes apresentam melhora apenas com essas medidas. Uma medida não cirúrgica muito eficaz que pode ser usada é a infiltração da bursa com corticoides.
Se a dor mantem mesmo após todos os tratamentos não cirúrgicos terem sido tentados, o tratamento cirúrgico por vídeo-endoscopia pode ser realizado.
ARTROSE DO QUADRIL
O que é? Quadro
“Artrose” é um termo genérico usado para denominar o processo de desgaste das cartilagens. Quando ocorre no quadril chama-se coxartrose. Embora seja mais frequente nos idosos, não é exclusiva deles. Pode acometer também os jovens por diversos motivos.
Os primeiros sintomas da coxartrose geralmente são dores ao redor do quadril, principalmente na virilha, localizada profundamente. Pode haver irradiação até o joelho pela parte interna e pela frente da coxa. Com o tempo ocorre redução na capacidade de movimentar o quadril. Atividades rotineiras como calçar sapatos, cortar as unhas dos pés, entrar e sair do carro, começam a se tornar um pouco mais difíceis, devido a perda do movimento articular.
Com a piora do quadro as dores noturnas e a rigidez matinal surgem. Podem haver crises de agudização com a piora da dor. O paciente começa a relatar perda real da qualidade de vida deixando de fazer o que lhe dava prazer. A dor limita a atividade física, os compromissos sociais e profissionais, os passeios, as caminhadas, a vida sexual, as viagens e outras atividades essenciais para o seu bem estar.
Diagnóstico
Para o diagnóstico, antes de tudo, é fundamental uma avaliação pelo ortopedista. O médico fará manobras do exame clínico com objetivo de localizar melhor a dor, avaliar contraturas e rigidez articular. É importante o paciente informar os seus sintomas e o tempo de aparecimento.
Nos casos de artrose do quadril, na maioria das vezes apenas a radiografia é necessária. No raio X dos quadris o ortopedista avalia o espaço articular, a formação de osteófitos(“bicos de papagaio”) e a presença de deformidades ósseas ou doenças prévias. Algumas vezes pode ser necessário realizar tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética.
Tratamento
O tratamento deve ser individualizado, de acordo com o grau da doença e com as expectativas e necessidades de cada paciente. Nos casos iniciais com pouca dor pode ser tentado o tratamento não cirúrgico com repouso, fisioterapia, exercícios recomendados pelo ortopedista, perda de peso, analgésico, uso consciente de anti-inflamatórios e até mesmo o uso de bengalas ou muletas.
Se o paciente estiver em fase avançada da osteoartrose o médico poderá recomendar uma cirurgia de substituição total do quadril (artroplastia ou prótese de quadril). A decisão de quando submeter-se a um tratamento cirúrgico deve ser tomada pelo paciente em conjunto com seu cirurgião, ao analisar os prós e contras de cada opção. Com o avanço dos matériais e técnicas cirúrgicas a artroplastia do quadril se tornou um dos procedimentos cirúrgicos mais seguros e com melhores resultados em toda a medicina.
IMPACTO FEMOROACETABULAR
O que é? Quadro
O impacto entre o fêmur e o acetábulo (Impacto femoroacetabular) é uma causa frequente de dor no quadril. É uma condição dinâmica que provoca contato precoce entre o fêmur proximal e o acetábulo sendo a consequência de uma deformidade óssea. Com isso há uma alteração no formato e no funcionamento biomecânico do quadril. Isso leva a um encaixe imperfeito dos ossos podendo causar danos irreverssíveis à cartilagem articular e labrum acetabular. Com o passar do tempo essas lesões evoluem para uma doença bem mais grave, a artrose do quadril.
O impacto é a principal causa de lesões do lábrum e da cartilagem do quadril em adultos jovens. Também é a principal indicação para a cirurgia de artroscopia do quadril. É mais comum principalmente em corredores, ciclistas, praticantes de tênis, futebol e artes marciais. Principalmente esportes que envolvem flexão e rotação dos quadris, mas não ocorre exclusivamente em atletas. A dor localiza-se mais freqüentemente na parte profunda na frente da virilha. Pode haver desconforto também após ficar muito tempo sentado ou andando. Alguns pacientes queixam-se de estalos ou bloqueios na articulação do quadril, sensação de que o quadril está saindo do lugar.
Diagnóstico
Através da avaliação ortopédica e do exame clínico colhemos dados que permitem chegar a uma elevada suspeita da existência destas lesões. Os exames mais comumente solicitados são a radiodrafia dos quadris em posições específicas para identificação dessa doença e a ressonância nuclear magnética. Em alguns casos selecionados podem ser solicitados a artro-ressonância ou a tomografia computadorizada com reconstrução 3D.
Tratamento
O tratamento não cirurgico pode ser tentado nos primeiros meses. Ele inclui medicações para dor, fisioterapia e mudanças nas atividades físicas. Como primeira medida o seu médico pode simplesmente recomendar uma mudança de sua rotina diária, evitando atividades que causam sintomas. Essa pode não ser uma opção viável para pacientes jovens e ativos ou quando a dor ocorre em situações muito simples e comuns do dia a dia. Na fisioterapia alguns exercícios específicos podem melhorar um pouco a amplitude de movimento no quadril e fortalecer os músculos que suportam a articulação. Mas lembre-se que na presença do impacto, forçar um alongamento de quadril irá causar mais danos a articulação, pois existe um impacto ósseo que impede o movimento completo. Os músculos e tendões doloridos e encurtados são apenas uma consequência do problema.
O tratamento cirúrgico do impacto femoroacetabular é realizado com objetivo de corrigir as deformidades ósseas acetabulares e femorais, assim como as lesões intra-articulares do labrum acetabular e da cartilagem articular. O tratamento cirúrgico pode ser convencional ou minimamente invasivo através de artroscopia. Procedimentos vídeo artroscópicos são realizados com pequenas incisões e instrumentos delicados levando menor dano as estruturas adjacentes a articulação e permitindo recuperação mais rápida.
OSTEONECROSE CABEÇA FEMORAL
O que é? Quadro
O termo osteonecrose refere-se à necrose óssea causada por uma interrupção significativa do fluxo sangüíneo, ou seja, um infarto ósseo. Como consequência, a osteonecrose pode levar à destruição da articulação do quadril e artrose. Em muitos casos, ambos os quadris são afetados pela doença. Há uma série de fatores de risco que podem tornar mais provável que alguém desenvolva a doença: lesão traumática, alcoolismo, uso de corticoides e outras condições médicas como doenças reumáticas, lúpus, doenças hematológicas e doença de Crohn.
A queixa principal do paciente é dor de início recente na região do quadril acometido. Nos casos de necrose da cabeça femoral o diagnóstico inicial é fundamental.
Diagnóstico
Os exames de imagem são importantes para o diagnóstico da necrose e para a escolha do melhor tratamento. A maioria dos casos pode ser diagnosticada com radiografias do quadril que podem mostrar desde cistos e áreas mais opacas na cabeça femoral até deformação da cabeça femoral seguida pela perda da cartilagem do quadril (artrose do quadril como consequência da necrose da cabeça femoral).
A ressonância nuclear magnética de quadril é um exame útil nos casos em que a radiografia não for capaz de dar o diagnóstico, mas existe suspeita de necrose. A ressonância também pode também ajudar a calcular a extensão da necrose na cabeça femoral e guiar o tratamento. Além disso nos casos em que há dúvida a ressonância pode ajudar a diferenciar necrose da cabeça femoral de outras doenças como osteoporose transitória do quadril e fratura por insuficiência da cabeça femoral.
Tratamento
O tratamento deve ser iniciado precocemente para tentar evitar o achatamento da cabeça femoral e artrose. O tipo de tratamento vai depender do tamanho da lesão, sua localização e da presença ou não de achatamento da cabeça femoral. O tratamento pode ser não cirúrgico ou cirúrgico com técnicas de preservação da cabeça femoral ou substituição(artroplastia de quadril). O tratamento não cirúrgico isoladamente é indicado na minoria dos casos e inclui medicações, repouso e uso de bengalas ou muletas. As cirurgias que preservam a cabeça femoral são indicadas em estágios iniciais. Nos casos avançados a melhor indicação é a artroplastia toal do quadril.
BURSITE DO QUADRIL
O que é? Quadro
A Bursite é causada por uma inflamação de uma bursa. Bursas estão localizadas por todo o corpo e atuam como protetoras das extremidades ósseas. Além disso, ajudam a reduzir a fricção de deslizamento entre os tendões dos músculos e os ossos. A extremidade óssea lateral do quadril é chamada de grande trocânter e possui uma bursa sobrejacente grande que, ocasionalmente, torna-se irritada, resultando em bursite do quadril (bursite trocantérica).
O sintoma mais comum da bursite do quadril é a dor lateral do quadril.. Nos estágios iniciais, a dor é geralmente descrita como aguda e intensa e até mesmo como queimação. Normalmente, a dor é pior à noite, quando se deita sobre o quadril afetado e ao levantar de uma cadeira após um período sentado. Em alguns casos a dor é de difícil localização e de caráter mais difuso. A bursite do quadril pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum em mulheres de meia idade e idosos. Por todas estas manifestações, a bursite trocantérica pode prejudicar o sono, evitar a realização de atividades físicas e reduzir significativamente a qualidade de vida.
Diagnóstico
O diagnóstico frequentemente é clinico, feito através de consulta com ortopedista e exame físico. Geralmente exames complementares não são necessários para o diagnóstico. Apesar disso, radiografias são solicitadas para excluir-se algumas doenças. Ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética são úteis em alguns casos para auxílio no diagnóstico, quantificação do tamanho das lesões e para descartar outras doenças e guiar o tratamento. Em alguns casos há lesões associadas dos tendões da musculatura glútea.
Tratamento
O tratamento inicial para a bursite do quadril é não cirúrgico. O ortopedista pode indicar modificação das atividades, exercícios físicos específicos, evitar atividades que pioram os sintomas, fisioterapia e o uso consciente de anti-inflamatórios. Normalmente, apesar de algumas vezes ser um tratamento longo, os pacientes apresentam melhora apenas com essas medidas. Uma medida não cirúrgica muito eficaz que pode ser usada é a infiltração da bursa com corticoides.
Se a dor mantem mesmo após todos os tratamentos não cirúrgicos terem sido tentados, o tratamento cirúrgico por vídeo-endoscopia pode ser realizado.
ARTROSE DO QUADRIL
O que é? Quadro
“Artrose” é um termo genérico usado para denominar o processo de desgaste das cartilagens. Quando ocorre no quadril chama-se coxartrose. Embora seja mais frequente nos idosos, não é exclusiva deles. Pode acometer também os jovens por diversos motivos.
Os primeiros sintomas da coxartrose geralmente são dores ao redor do quadril, principalmente na virilha, localizada profundamente. Pode haver irradiação até o joelho pela parte interna e pela frente da coxa. Com o tempo ocorre redução na capacidade de movimentar o quadril. Atividades rotineiras como calçar sapatos, cortar as unhas dos pés, entrar e sair do carro, começam a se tornar um pouco mais difíceis, devido a perda do movimento articular.
Com a piora do quadro as dores noturnas e a rigidez matinal surgem. Podem haver crises de agudização com a piora da dor. O paciente começa a relatar perda real da qualidade de vida deixando de fazer o que lhe dava prazer. A dor limita a atividade física, os compromissos sociais e profissionais, os passeios, as caminhadas, a vida sexual, as viagens e outras atividades essenciais para o seu bem estar.
Diagnóstico
Para o diagnóstico, antes de tudo, é fundamental uma avaliação pelo ortopedista. O médico fará manobras do exame clínico com objetivo de localizar melhor a dor, avaliar contraturas e rigidez articular. É importante o paciente informar os seus sintomas e o tempo de aparecimento.
Nos casos de artrose do quadril, na maioria das vezes apenas a radiografia é necessária. No raio X dos quadris o ortopedista avalia o espaço articular, a formação de osteófitos(“bicos de papagaio”) e a presença de deformidades ósseas ou doenças prévias. Algumas vezes pode ser necessário realizar tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética.
Tratamento
O tratamento deve ser individualizado, de acordo com o grau da doença e com as expectativas e necessidades de cada paciente. Nos casos iniciais com pouca dor pode ser tentado o tratamento não cirúrgico com repouso, fisioterapia, exercícios recomendados pelo ortopedista, perda de peso, analgésico, uso consciente de anti-inflamatórios e até mesmo o uso de bengalas ou muletas.
Se o paciente estiver em fase avançada da osteoartrose o médico poderá recomendar uma cirurgia de substituição total do quadril (artroplastia ou prótese de quadril). A decisão de quando submeter-se a um tratamento cirúrgico deve ser tomada pelo paciente em conjunto com seu cirurgião, ao analisar os prós e contras de cada opção. Com o avanço dos matériais e técnicas cirúrgicas a artroplastia do quadril se tornou um dos procedimentos cirúrgicos mais seguros e com melhores resultados em toda a medicina.
IMPACTO FEMOROACETABULAR
O que é? Quadro
O impacto entre o fêmur e o acetábulo (Impacto femoroacetabular) é uma causa frequente de dor no quadril. É uma condição dinâmica que provoca contato precoce entre o fêmur proximal e o acetábulo sendo a consequência de uma deformidade óssea. Com isso há uma alteração no formato e no funcionamento biomecânico do quadril. Isso leva a um encaixe imperfeito dos ossos podendo causar danos irreverssíveis à cartilagem articular e labrum acetabular. Com o passar do tempo essas lesões evoluem para uma doença bem mais grave, a artrose do quadril.
O impacto é a principal causa de lesões do lábrum e da cartilagem do quadril em adultos jovens. Também é a principal indicação para a cirurgia de artroscopia do quadril. É mais comum principalmente em corredores, ciclistas, praticantes de tênis, futebol e artes marciais. Principalmente esportes que envolvem flexão e rotação dos quadris, mas não ocorre exclusivamente em atletas. A dor localiza-se mais freqüentemente na parte profunda na frente da virilha. Pode haver desconforto também após ficar muito tempo sentado ou andando. Alguns pacientes queixam-se de estalos ou bloqueios na articulação do quadril, sensação de que o quadril está saindo do lugar.
Diagnóstico
Através da avaliação ortopédica e do exame clínico colhemos dados que permitem chegar a uma elevada suspeita da existência destas lesões. Os exames mais comumente solicitados são a radiodrafia dos quadris em posições específicas para identificação dessa doença e a ressonância nuclear magnética. Em alguns casos selecionados podem ser solicitados a artro-ressonância ou a tomografia computadorizada com reconstrução 3D.
Tratamento
O tratamento não cirurgico pode ser tentado nos primeiros meses. Ele inclui medicações para dor, fisioterapia e mudanças nas atividades físicas. Como primeira medida o seu médico pode simplesmente recomendar uma mudança de sua rotina diária, evitando atividades que causam sintomas. Essa pode não ser uma opção viável para pacientes jovens e ativos ou quando a dor ocorre em situações muito simples e comuns do dia a dia. Na fisioterapia alguns exercícios específicos podem melhorar um pouco a amplitude de movimento no quadril e fortalecer os músculos que suportam a articulação. Mas lembre-se que na presença do impacto, forçar um alongamento de quadril irá causar mais danos a articulação, pois existe um impacto ósseo que impede o movimento completo. Os músculos e tendões doloridos e encurtados são apenas uma consequência do problema.
O tratamento cirúrgico do impacto femoroacetabular é realizado com objetivo de corrigir as deformidades ósseas acetabulares e femorais, assim como as lesões intra-articulares do labrum acetabular e da cartilagem articular. O tratamento cirúrgico pode ser convencional ou minimamente invasivo através de artroscopia. Procedimentos vídeo artroscópicos são realizados com pequenas incisões e instrumentos delicados levando menor dano as estruturas adjacentes a articulação e permitindo recuperação mais rápida.
OSTEONECROSE CABEÇA FEMORAL
O que é? Quadro
O termo osteonecrose refere-se à necrose óssea causada por uma interrupção significativa do fluxo sangüíneo, ou seja, um infarto ósseo. Como consequência, a osteonecrose pode levar à destruição da articulação do quadril e artrose. Em muitos casos, ambos os quadris são afetados pela doença. Há uma série de fatores de risco que podem tornar mais provável que alguém desenvolva a doença: lesão traumática, alcoolismo, uso de corticoides e outras condições médicas como doenças reumáticas, lúpus, doenças hematológicas e doença de Crohn.
A queixa principal do paciente é dor de início recente na região do quadril acometido. Nos casos de necrose da cabeça femoral o diagnóstico inicial é fundamental.
Diagnóstico
Os exames de imagem são importantes para o diagnóstico da necrose e para a escolha do melhor tratamento. A maioria dos casos pode ser diagnosticada com radiografias do quadril que podem mostrar desde cistos e áreas mais opacas na cabeça femoral até deformação da cabeça femoral seguida pela perda da cartilagem do quadril (artrose do quadril como consequência da necrose da cabeça femoral).
A ressonância nuclear magnética de quadril é um exame útil nos casos em que a radiografia não for capaz de dar o diagnóstico, mas existe suspeita de necrose. A ressonância também pode também ajudar a calcular a extensão da necrose na cabeça femoral e guiar o tratamento. Além disso nos casos em que há dúvida a ressonância pode ajudar a diferenciar necrose da cabeça femoral de outras doenças como osteoporose transitória do quadril e fratura por insuficiência da cabeça femoral.
Tratamento
O tratamento deve ser iniciado precocemente para tentar evitar o achatamento da cabeça femoral e artrose. O tipo de tratamento vai depender do tamanho da lesão, sua localização e da presença ou não de achatamento da cabeça femoral. O tratamento pode ser não cirúrgico ou cirúrgico com técnicas de preservação da cabeça femoral ou substituição(artroplastia de quadril). O tratamento não cirúrgico isoladamente é indicado na minoria dos casos e inclui medicações, repouso e uso de bengalas ou muletas. As cirurgias que preservam a cabeça femoral são indicadas em estágios iniciais. Nos casos avançados a melhor indicação é a artroplastia toal do quadril.
BURSITE DO QUADRIL
O que é? Quadro
A Bursite é causada por uma inflamação de uma bursa. Bursas estão localizadas por todo o corpo e atuam como protetoras das extremidades ósseas. Além disso, ajudam a reduzir a fricção de deslizamento entre os tendões dos músculos e os ossos. A extremidade óssea lateral do quadril é chamada de grande trocânter e possui uma bursa sobrejacente grande que, ocasionalmente, torna-se irritada, resultando em bursite do quadril (bursite trocantérica).
O sintoma mais comum da bursite do quadril é a dor lateral do quadril.. Nos estágios iniciais, a dor é geralmente descrita como aguda e intensa e até mesmo como queimação. Normalmente, a dor é pior à noite, quando se deita sobre o quadril afetado e ao levantar de uma cadeira após um período sentado. Em alguns casos a dor é de difícil localização e de caráter mais difuso. A bursite do quadril pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum em mulheres de meia idade e idosos. Por todas estas manifestações, a bursite trocantérica pode prejudicar o sono, evitar a realização de atividades físicas e reduzir significativamente a qualidade de vida.
Diagnóstico
O diagnóstico frequentemente é clinico, feito através de consulta com ortopedista e exame físico. Geralmente exames complementares não são necessários para o diagnóstico. Apesar disso, radiografias são solicitadas para excluir-se algumas doenças. Ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética são úteis em alguns casos para auxílio no diagnóstico, quantificação do tamanho das lesões e para descartar outras doenças e guiar o tratamento. Em alguns casos há lesões associadas dos tendões da musculatura glútea.
Tratamento
O tratamento inicial para a bursite do quadril é não cirúrgico. O ortopedista pode indicar modificação das atividades, exercícios físicos específicos, evitar atividades que pioram os sintomas, fisioterapia e o uso consciente de anti-inflamatórios. Normalmente, apesar de algumas vezes ser um tratamento longo, os pacientes apresentam melhora apenas com essas medidas. Uma medida não cirúrgica muito eficaz que pode ser usada é a infiltração da bursa com corticoides.
Se a dor mantem mesmo após todos os tratamentos não cirúrgicos terem sido tentados, o tratamento cirúrgico por vídeo-endoscopia pode ser realizado.
Publicações 2016 / 2023
1. BARROS, A. A. G.; Barbosa VAK ; COSTA, L. P. ; GUEDES, E. C. ; VASSALO, CARLOS CESAR . Recuperação do centro de rotação do quadril com tântalo em artroplastias de revisão.. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 54, p. 471-476, 2019.
2. BARROS, ANTÔNIO AUGUSTO GUIMARÃES; SANTOS, FERNANDA BRETZ GOMES DOS ; VASSALO, CARLOS CÉSAR ; COSTA, LINCOLN PAIVA ; COUTO, SÉRGIO GONÇALVES PEREIRA ; SOARES, ANA RITA DA GLÓRIA . Evaluation of the ischiofemoral space: a case-control study. RB. RADIOLOGIA BRASILEIRA (IMPRESSO), v. 52, p. 237-241, 2019.
3. GUIMARÃES BARROS, ANTÔNIO AUGUSTO; VASSALO, CARLOS CÉSAR ; COSTA, LINCOLN PAIVA ; DE OLIVEIRA PAGANINI, VINÍCIUS ; DE CARVALHO GUEDES, EULER ; PERCOPE DE ANDRADE, MARCO ANTÔNIO . Determining Reliability of Arthroscopic Classifications for Hip Labral Tears. CLINICAL JOURNAL OF SPORT MEDICINE, v. 1, p. 1, 2019.
4. VASSALO, CARLOS CÉSAR ; BARROS, ANTÔNIO AUGUSTO GUIMARÃES ; COSTA, LINCOLN PAIVA ; GUEDES, EULER DE CARVALHO ; DE ANDRADE, MARCO ANTÔNIO PERCOPE . Clinical outcomes of arthroscopic repair of acetabular labral tears. BMJ Open Sport & Exercise Medicine, v. 4, p. e000328, 2018.
5. BARROS, ANTÔNIO AUGUSTO GUIMARÃES; VASSALO, CARLOS CÉSAR ; COSTA, LINCOLN PAIVA ; GÓMEZ’HOYOS, JUAN ; PAGANINI, VINÍCIUS DE OLIVEIRA ; ANDRADE, MARCO ANTÔNIO PERCOPE DE . Confiabilidade das classificações artroscópicas das lesões condrais do quadril. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 54, p. 440-446, 2018.
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